quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Para onde vamos? Democracia a Quanto Obrigas!

Le Nouvel Observateur publicou uma sondagem para as próximas eleições europeias francesas. Nessa sondagem, o partido de Marine Le Pen, Frente Nacional, venceria as eleições com 24% dos votos. Depois do caso grego, onde os neo-nazis da Aurora Dourada ganham uma expressão preocupante e movimentam-se com uma acção que não pode ser tolerada numa Europa democrática, temos agora o avanço da extrema-direita francesa. A França, um país que foi ocupado pela Alemanha Nazi, vê-se a braços com uma proliferação de ideias intolerantes, xenófobas e anti-democráticas.
 
Nós, no nosso pequeno país, assistimos a propaganda peculiar, com uma ideologia que de democrática tem muito pouco, contra o Tribunal Constitucional. Segundo essas teses demagógicas que se alastram até ao seio da União Europeia, o TC é um tribunal activista, incapaz de auxiliar o Governo na sua nobre cruzada. A grande questão é sabermos para onde vamos. Estará a memória colectiva estilhaçada por alguma doença degenerativa, onde as recordações, ainda frescas, das ditaduras europeias se esfumam nos palácios da memória? Estará a existência humana escrita num tempo de eterno retorno, cíclico, em que os erros do passado não servem de lição, mas estão inscritos numa sistema de repetição? Será que queremos voltar aquilo que ainda ontem temíamos? Estará Abril tão longe da memória?

Não nos podemos iludir, pois se não tivermos o devido cuidado, caminhámos para o enfraquecimento e quiçá anulação de todos esforços democráticos.      

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