terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O Ano de 2014: Entre a Escolha e a Resistência (Um Fragmento para o Novo Ano)

FRAGMENTO: Quando devorarem os teus direitos, quando dilacerarem a tua dignidade, escolhe, com sabedoria, aquilo que  te eleva e resiste, resiste como se o agora fosse o amanhã eterno.

Giacinto Gimignani, Um Anjo e um Demónio a lutar pela Alma de uma Criança, s/d. Colecção Privada

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Os Anjos entre o Bem e o Mal: Um Fragmento

The Good and Evil Angels, Object 1 (Butlin 323), Tate Collection.

Fragmento: Segue o anjo a necessidade do mal e segura o anjo a finalidade do bem. São como uma ponte que une uma vontade indeterminada. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Paolo e Francesca: Um Fragmento


Ary Scheffer, Os Fantasmas de Paolo e Francesca aparecem a Dante e Virgílio, 1835.
Londres: Wallace Collection.


Amor, ch'al cor gentil ratto s'apprende,
prese costui de la bella persona
che mi fu tolta; e 'l modo ancor m'offende.
Amor, ch'a nullo amato amar perdona,
mi prese del costui piacer sí forte,
che, come vedi, ancor non m'abbandona.

Dante, Divina Comédia, Inferno, V, 100-105.


Fragmento: Uma é a morte para o amor que não perdoa o amar dos amantes. A memória não esquece o amor e a eternidade é o castigo de amar. A queda é de quem vê o volver dos amados. 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Caronte e a Travessia do Aqueronte: Um Fragmento


Salvador Dali, Ilustrações da Divina Comédia
"Caronte e a Travessia do Aqueronte", 1951.


Caron dimonio, con occhi di bragia
loro accennando, tutte le raccoglie;
batte col remo qualunque s'adagia.

Dante, A Divina Comédia, Inferno, III, 109-11.


Fragmento: Guarda o óbulo do barqueiro e não percas a tua derradeira viagem. Apazigua o ânimo do timoneiro, se quiseres guardar o fim da seta, o teu destino final. 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Nemrod: Um Fragmento

Gustave Doré, "Nimrod and his horn", Dante Alighieri's Inferno 
(New York: Cassell Publishing Company, 1890).

Poi disse a me: «Elli stessi s'acussa;
questi è Nembrotto per lo cui mal coto
pur un linguaggio nel mondo non s'ua.
Lasciànlo stare e non parliamo à vòto;
ché cosí è a lui ciascun linguaggio
come 'l suo ad altrui, ch'a nullo è noto.»

Dante, Divina Comédia, Inferno, XXXI, 76-81


Fragmento: Em cada língua que o seu espaço ocupa o vazio é a argamassa de uma torre que se ergue. Babel sobe e a Palavra se afunda. 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Llansoliana: Bibliografia V - Traduções

Traduções
  • Flaubert, Gustave, O Sol Minguante. Tradução com o pseudónimo Ana Fontes. Colares: Colares Editora, 1991.
  • Wilde, Oscar, O Príncipe Feliz. Tradução com o pseudónimo Ana Fontes. Colares: Colares Editora, 1991.
  • Colette, Saha, a Gata. Tradução com o pseudónimo Ana Fontes. Colares: Colares Editora, 1994.
  • Hölderlin, Friedrich, Diotima. Tradução com o pseudónimo Maria Clara Salgueiro. Colares: Colares Editora, 1994.
  • Sade, Donatien Alphonse François de, Mistérios Libertinos da Bastilha. Tradução com o pseudónimo Ana Fontes. Colares: Colares Editora, 1994.
  • Woolf, Virginia, Cartas Íntimas a Vita Sackville-WestTradução com o pseudónimo Ana Fontes. Colares: Colares Editora, 1994.
  • Dickinson, Emily, Bilhetinhos com PoemasTradução com o pseudónimo Ana Fontes. Colares: Colares Editora, 1990.
  • Verlaine, Paul, Sageza. Lisboa: Relógio D'Água, 1995.
  • Rilke, R.M., Frutos e Apontamentos. Lisboa: Relógio D'Água, 1995.
  • Rimbaud, O Rapaz Raro - Iluminações e Poemas. Lisboa: Relógio D'Água, 1998.
  • Thérèse Martin de Lisieux, O Alto Voo da Cotovia. Lisboa: Relógio D'Água, 1998.
  • Apollinaire, Guillaume, Mais Novembro do que Setembro. Lisboa: Relógio D'Água, 2001.
  • Éluard, Paul, Últimos Poemas de Amor. Lisboa: Relógio D'Água, 2002.
  • Baudelaire, Charles, As Flores do Mal. Lisboa: Relógio D'Água, 2003.
  • Loüys, Pierre, O Sexo de Ler Bilitis. Lisboa: Relógio D'Água, 2010.



Llansoliana: Bibliografia IV - Diários e Obra Póstuma

Diários

  • Um Falcão no Punho - Diário 1. Lisboa: Rolim, 1ª Edição, 1985. Lisboa: Relógio D'Água, 1998.
  • Finita - Diário 2. Lisboa: Rolim, 1ª Edição, 1987. Lisboa: Assírio & Alvim, 2ª Edição, 2005.
  • Inquérito às Quatro Confidências - Diário 3. Lisboa: Relógio D'Água, 1ª Edição, 1996.


 Obra Póstuma
  • Uma Data em Cada Mão - Livro de Horas I. Lisboa: Assírio & Alvim, 1ª Edição, 2009.
  • Um Arco Singular - Livro de Horas II. Lisboa: Assírio & Alvim, 1ª Edição, 2010.
  • Numerosas Linhas - Livro de Horas III. Lisboa: Assírio & Alvim, 1ª Edição, 2013.


Llansoliana: Bibliografia III - Livros 1998-2007

  • Ardente Texto Joshua. Lisboa: Relógio D'Água, 1ª Edição, 1998.
  • Onde Vais, Drama-Poesia?. Lisboa: Relógio D'Água, 1ª Edição, 2000.
  • Cantileno (Inclui também Hölder, Hölderlin, Amar Um Cão e O Estorvo). Lisboa: Relógio D'Água, 1ª Edição, 2000.
  • Parasceve - Puzzles e Ironias. Lisboa: Relógio D'Água, 1ª Edição, 2001.
  • O Senhor de Herbais - Breves Ensaios Literários sobre a Reprodução Estética do Mundo, e suas Tentações. Lisboa: Relógio D'Água, 1ª Edição, 2002.
  • O Começo de Um Livro É Precioso. Lisboa: Assírio & Alvim, 1ª Edição, 2003.
  • O Jogo da Liberdade da Alma. Lisboa: Relógio D'Água, 1ª Edição, 2003
  • Amigo e Amiga - Curso de Silêncio de 2004. Lisboa: Assírio & Alvim, 1ª Edição, 2006
  • Os Cantores de Leitura. Lisboa: Assírio & Alvim, 1ª Edição, 2007.





segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Llansoliana: Bibliografia II - Livros 1962-1994


Llansoliana: Bibliografia I - Trilogias

Trilogia - Geografia de Rebeldes
  • O Livro das Comunidades. Porto: Afrontamento, 1ª Edição, 1977. O Livro das Comunidades, seguido de Apontamentos sobre a Escola da Rua de Namur. Lisboa: Relógio D'Água, 1999.
  • A Restante Vida. Porto: Afrontamento, 1ª Edição, 1983. A Restante, seguido de O Pensamento de Algumas Imagens. Lisboa: Relógio D'Água, 2001.
  • Na Casa de Julho e Agosto. Porto, Afrontamento, 1ª Edição, 1984. Na Casa de Julho e Agosto, seguido de O Espaço Edénico. Lisboa: Relógio D'Água, 2003.



Trilogia - O Literal do Mundo

  • Causa Amante. Lisboa: Regra do Jogo, 1ª Edição, 1984. Lisboa: Relógio D'Água, 2ª Edição, 2004.
  • Contos do Mal Errante. Lisboa: Rolim, 1ª Edição, 1986. Lisboa: Assírio & Alvim, 2ª Edição, 2004.
  • Da Sebe ao Ser. Lisboa: Rolim, 1ª Edição, 1988.



Sugestão de Leitura: Agustina Bessa-Luís - "Caderno de Significados"


Agustina Bessa-Luís, Caderno de Significados. Lisboa: Guimarães Editores, 2013. 
Páginas: 104. Preço: 12,50€

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A Salvação


O texto de Jorge Luís Borges Emanuel Swedenborg (Borges, Oral - 1979) sintetiza um tríptico salvífico: a salvação pela ética, a mais implantada, em especial, no cultura judaico-cristã; a salvação pelo intelecto, desenvolvida por Swedenborg; e a salvação pela arte, expressa por Blake. Estes três estágios - ou condições de possibilidade - resumem todo o processo evolutivo do ser humano, a capacidade de ultrapassar os limites que ele mesmo impôs. A estes caminhos de redenção acrescentar-se-ia um, que é quiçá a síntese desse três, a salvação pelo mistério. Esta forma de revelação inicia-se pela aceitação e demanda de uma Gnosis, a qual permite o acesso aos mistérios que erguem o último e derradeiro véu de Sophia.


Borges, Jorge Luís, "Emanuel Swedenborg", Borges, Oral (1979), Obras Completas IV, pp. 188-97. Lisboa: Editorial Teorema, 1999.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Portugal: A Necessidade de um Líder na forma de Arauto

A facto de Portugal ter vivido, durante longas décadas, mergulhado numa ditadura fez com que muitos dos portugueses não sejam capazes de ultrapassar o complexo do salvador da pátria, do arauto idealizado. Vemos, por toda a parte, esse fascínio que é próprio de um regime totalitário. Elegem-se, de uma forma quase aleatória, todos os tipos de arautos. Temos figuras dos media elevadas a um patamar sobre-humano. Temos as opiniões dos comentadores políticos e económicos que se constituem como dogmas orientadores de uma forma não-crítica de consciência. Temos políticos que, em certos momentos da história actual, se afirmam como timoneiros dos destinos deste país. E a maioria dos portugueses o que fazem? Deixam-se levar por esta forma de apatia. É melhor ter outros a decidir por nós. São estes os resquícios de um vento bafiento que nos arrasta para trás. Portugal ainda tem um longo caminho pela frente para conseguir consolidar a democracia. Uma consciência crítica é a única coisa que nos pode salvar nestes tempos sombrios.   

A Oração de Dante



Loreena McKennitt, Dante's Prayer. Fonte: You Tube